É
bem interessante falar sobre leitura nos dias de hoje. Os adolescentes, por
exemplo, pouco se interessam pelas atividades escolares, acham as leituras
extensas, cansativas e pouco interessantes.
Dificilmente, conseguem interpretar corretamente um texto, independente
de qual seja a disciplina. É enfadonho! Mas, na primeira oportunidade que têm
concentram-se de forma espantosa à toda e qualquer imagem que tenha uma
informação produtiva ou não, em seus celulares, tablets ou notebooks,
etc...
O fato é que, comparando a minha
época em que desejávamos um livro com gravuras, hoje se deseja imagens que
falem por si, ou que venham com o mínimo de palavras possíveis. Mas, o que eu
percebo é que mesmo com essa “tentação” visual, existem lados que se divergem.
De um lado está a grande massa, que pouco se preocupa realmente com os textos e
informações, querem informações imediatas e que na maioria das vezes, ou são sensacionalistas,
ou de pouco valor cultural, social e político e daí percebemos o terror em que
a língua portuguesa se transformou, através dos comentários e compartilhamentos
nas redes sociais. E por outro lado, temos um grupo que está aproveitando as
facilidades desses hipertextos para disseminar o conhecimento. Nunca se pode
ler tanto e sobre tudo de maneira tão fácil e rápida. A imagem pra esse grupo,
é o “aperitivo” no qual nos transportará para “o prato principal” que serão
textos ricos e extremamente interativos e produtivos. A comparação é meio
bizarra, mas é meu ponto de vista.
Hoje,
por exemplo, tem-se o conhecimento de vários blogueiros e blogueiras que por
abrirem um canal de compartilhamento de informações, ideias, apresentarem sua
visão de mundo e gostos particulares, obtiveram um número considerável de
leitores e leitoras que lhes proporcionaram escrever, editar e venderem seus
livros. O que
contribui muito para o fortalecimento da leitura e da escrita através da WEB e
todo seu aparato nas redes sociais. E assim, existem vários outros exemplos.
Tudo depende de quem lê, do que se quer buscar, pesquisar, aprender, assimilar
e etc.
Eu, particularmente,
faço sim muitas pesquisas na Internet, não tem como fugir. O acesso à
informação é fantástico, global, sem limites, fato.
Mas, ainda sou adepta
de comprar meus livros, aguardá-los ansiosamente, sentir aquele cheirinho de
novo e após tê-lo “devorado” o inserir na minha estante. Sempre carrego comigo
um caderno para anotações. Só recorro ao mundo digital quando necessário. E
isso, está mais habitual do que eu gostaria.